Sabemos que tudo que é desconhecido pode gerar temor, afinal, o novo assusta! Lidar com o diagnóstico do TEA gera uma infinidade de dúvidas em relação ao futuro da criança e a dinâmica familiar. No primeiro momento, é natural que os pais tenham diversas dúvidas em relação ao desenvolvimento da criança e de como irão lidar com as especificidades do transtorno, não se atentando a todo entorno familiar que necessita estar envolvido e entregue nesse processo para que tudo flua com naturalidade.
É fundamental existir parceria e empatia de todas as partes. Além do acompanhamento multidisciplinar que a criança recebe, é necessário ter dentro de casa uma rede de apoio, de pessoas dispostas a tornar tudo mais simples e tranquilo, principalmente para os pais, que precisam se dividir entre a criança com TEA e os outros filhos e responsabilidades do lar e do trabalho.
É essencial que os familiares saibam respeitar as características da criança. Não apenas para contribuir com a harmonia da casa e evitar que o ambiente se torne tóxico para a criança, mas também para aprenderem a lidar com as diferenças e respeitá-las.
Para ajudá-los nesse processo, separamos alguns pontos importantes que merecem atenção no ambiente familiar.
- Atente-se às necessidades dos outros integrantes da família
É inevitável que a atenção seja direcionada a criança com TEA. Porém, todos necessitam de atenção e cuidado, principalmente para que haja harmonia no ambiente familiar. A falta de atenção aos outros integrantes pode gerar conflitos que sobrecarregam ainda mais os pais e a criança.
- Eduque
As pessoas só vão agir de acordo com o que aprenderam e conhecem como correto. Para que o ambiente familiar se torne harmonioso e saudável, é fundamental que todos aprendam sobre as especificidades do transtorno do espectro autista e estejam dispostos a contribuir e se adequar com a nova rotina e comportamentos adotados no lar. Explique os motivos e as consequências de cada conduta inadequada.
- Envolva todos os familiares no processo
Se sobrecarregar pode acarretar em exaustão e estresse, o que torna muito mais difícil o convívio com todos, além de tornar a criança com TEA muito dependente de uma única pessoa. É preciso distribuir as funções e dar mais autonomia para a criança e para as outras pessoas interagirem entre elas.
- Cuidem-se
Todos precisam de cuidados. Separe um tempo de qualidade para você, seu cônjuge, filhos, irmãos, etc. Se precisar, procure um atendimento profissional para você e seus familiares administrarem todas essas emoções e desfrutarem de boas experiências.
- De autonomia para as pessoas da família
O conhecimento é a principal ferramenta para uma vida tranquila. Saber com o que está lidando torna tudo mais fácil e muitas vezes o conhecimento requer experiência. Por isso, é necessário que todos tenham acesso à criança e às necessidades dela, para aprenderem a lidar com a diferença e respeitá-la. Deixem todos interagirem, corrija se for preciso, mas permita. Afinal, se não fosse o diagnóstico, com certeza todos teriam autonomia para se relacionarem. Todo mundo pode lidar com o comportamento da criança!
O processo de enfrentamento provoca mudanças em todo o ambiente familiar. O ambiente doméstico é o lugar onde a criança tem suas primeiras experiências sociais, e é nele que a criança precisa se sentir segura, assim como todos os outros membros.
Se você também passa por desafios para lidar com o TEA no ambiente familiar, procure um profissional.