Por muito tempo existiu a crença de que a criança atípica é totalmente dependente dos seus tutores e isso nem sempre é verdade. Muitas crianças se tornam adultos dependentes, não por não terem a capacidade de agir com autonomia, mas por falta de estímulo, principalmente na primeira infância.
Dar autonomia à criança é a garantia de que ela se tornará um adulto muito mais independente e feliz.
Estimular a autogestão no autismo não é tarefa simples, mas também não é impossível, requer apenas paciência, porque, assim como nós, a criança vai errar até fazer de forma correta.
Comece com as tarefas domésticas, do dia a dia. O quanto antes estimularmos o desenvolvimento dessas habilidades, mais ajudaremos as crianças com TEA a adquirir as ferramentas necessárias para que possam ser mais independentes ao longo da vida.
Características comuns no autismo como os comportamentos repetitivos podem ser aliados no estímulo das atividades introdutórias para o desenvolvimento da autonomia. Por exemplo, incumbir a criança de executar algumas tarefas ao acordar como: arrumar sua cama, escovar os dentes, pentear o cabelo e outras atividades da vida diária, são os primeiros passos.
Ações simples encorajam a criança na tomada de decisões e aumentam sua autoestima e segurança.
Pratique habilidades financeiras, como administrar uma quantia em dinheiro, tomar decisões de como pode utilizar o recurso, permitir que ela participe da compra de algo, também são ferramentas valorosas e que terão impacto ao longo de toda a vida do autista.
Coisas corriqueiras para a grande maioria das pessoas são determinantes para a segurança da pessoa que está em busca de autonomia. Neste contexto, é importante sair do ambiente domiciliar e ensinar condutas fundamentais para transitar na rua, como: conhecer e identificar o que significa cada cor do farol e permitir que ela dê o comando do que fazer em cada troca de cor. Assim como, saber quando atravessar, quando parar, uso do celular, identificar riscos, polícia, bombeiros, fazer uso do banheiro em locais públicos, entre outros.
Porém, isso só vai acontecer se os pais e familiares facilitarem o acesso às ferramentas necessárias para uma vida com mais autonomia. Mesmo com todos os estímulos, é comum que em alguns casos, as crianças não saibam tomar a iniciativa, por isso, demonstrar apoio e suporte, muda tudo para elas. Em muitos casos, sabendo que pode contar com a colaboração de alguém, a criança tem muito mais impulso de executar ações sozinhas.
Para que a criança responda aos estímulos, é importante contar com a ajuda de profissionais no diagnóstico e também no desenvolvimento cognitivo. Se você precisa de apoio para dar os primeiros passos rumo a autonomia da criança, converse com nossos especialistas.
