Transtorno de Processamento Sensorial em Crianças com TEA

Por Mariana Rezende, Psicóloga e Diretora Técnica do TatuTEA

Se você é pai ou mãe de criança com TEA possivelmente presenciou situações em que a criança não correspondeu normalmente a alguns estímulos sensoriais. Esse é um dos sinais mais comuns no TEA e chama-se Transtorno do Processamento Sensorial (TPS).

Essa é uma condição que tanto o cérebro quanto o sistema nervoso têm dificuldades para interpretar as entradas sensoriais, ou seja, a criança tem uma hiposensibilidade ou hipersensibilidade a alguns estímulos, sejam eles no corpo ou no ambiente.  É comum perceber quando a criança tem o TPS. Os dois quadros são bem característicos: um trata da falta de excitação e esforço para sentir muitos estímulos ou então o excesso deles.

No caso da hiposensibilidade, que é a falta de excitação, a criança desenvolve um comportamento mais agitado para identificar esses estímulos e corresponder a eles. Geralmente elas se movimentam muito mais, são mais bagunceiras que o normal, possuem o hábito de morder, gostam de barulho, cheiram tudo e não sentem dor com facilidade.

Na hipersensibilidade tudo é mais intenso: cores, luzes e sons incomodam muito a criança. Pouca resistência a odores e experiências táteis também são características comuns. Por se tratar de estímulos externos, a criança com hipersensibilidade tende a ter mais dificuldades na socialização e acabam evitando alguns eventos por conta do desconforto. Outra característica comum é a sensibilidade a dor, por isso evitam serem tocados. Texturas em superfícies e nos alimentos também podem ser um desafio.

Embora seja fácil de identificar as características do Transtorno do Processamento Sensorial (TPS), para que a criança receba um tratamento adequado e possa amenizar as dificuldades causadas pela condição, o mais indicado é um diagnóstico feito por profissionais especializados. É importante ressaltar que a condição não acomete apenas pessoas com TEA, mas também pessoas sem outros diagnósticos. O tratamento é feito por um terapeuta ocupacional. Durante as sessões o profissional irá estimular por meio de diversas atividades que colocam a prova as sensibilidades encontradas e ajudam a transpor as sensações.

É comum que pessoas com TPS desenvolvam isolamento social, problemas emocionais e dificuldades ao longo da vida, podendo acarretar em um quadro depressivo. Por isso, é importante levar a sério e buscar orientação profissional para lidar com as dificuldades.

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