Por Dra Lívia Aureliano – Psicóloga e Diretora do TatuTEA
No primeiro momento, ao receber o diagnóstico, é natural que muitos pais reajam de forma negativa, demonstrando medo, raiva, tristeza, culpa, entre outros comportamentos comuns de alguém que precisa lidar com algo desconhecido. É provável que a notícia traga um impacto emocional no ambiente familiar.
Entre as diversas dúvidas que permeiam os pensamentos dos pais estão o medo de lidar com a sociedade, outros membros da família e principalmente o impacto daquela criança na vida e na rotina deles. Esses pensamentos estão associados a falta de entendimento do que é o TEA e como lidar com ele.
É preciso aceitar para conviver bem com a nova condição, por isso, separamos algumas informações relevantes para o início dessa jornada:
- Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a estimativa é que existam 2 milhões de autistasno Brasil, ou seja, você não está sozinho;
- Existem diferentes graus de autismo quevariam de acordo com o nível de dependência e funcionalidade da criança. Portanto, mesmo sendo diagnosticado com o TEA, a criança pode viver com autonomia;
- Todos os níveis, inclusive os mais severos contam com clínicas dedicadas a desenvolver as habilidades da criança, promovendo melhores condições de socialização e aprendizagem;
- O diagnóstico precoce e intervenção terapêutica contribuiu com o desenvolvimento da criança, pois quanto mais jovem o cérebro, maior a capacidade dela desenvolver autossuficiência;
- Pessoas diagnosticadas com TEA podem ingressar em colégios e universidades, sem restrições, já que o autismo não é uma doença e sim um transtorno do neurodesenvolvimento.
O acompanhamento psicológico da família é tão importante quanto o da criança, para que ambos encontrem o equilíbrio. Os pais devem evitar considerar o fato de cuidar do filho com TEA um fardo. Por isso, não é recomendado que façam pelo filho o que ele pode fazer sozinho. Isso prejudica o desenvolvimento da criança e sobrecarrega os pais.
Outro fator importante é evitar a cobrança excessiva de si e dos outros membros da família. Dedicar-se inteiramente à criança com TEA pode sobrecarregar e causar dificuldades em gerenciar a vida e todos os outros compromissos.
Todos esses sentimentos estão associados a falta de conhecimento em relação ao TEA. De fato, o diagnóstico desencadeia muitas mudanças na rotina da família, principalmente no que tange ao acompanhamento das atividades da criança. Existem diversas redes de apoio e profissionais capazes de ajudar a aceitar e compreender.
Aqui no TatuTEA, os pais acompanham os atendimentos das crianças para aprenderem a lidar com o dia a dia, além disso, oferecemos atendimentos especializados e individualizados para pais de crianças autistas.